quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Busque um Amante


Amante é "aquilo que nos apaixona".É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música ou na política, no esporte ou no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente ou na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando". E o que é "ir levando"? É ter medo de viver. É vigiar a forma como outros vivem, é se deixar dominar pela pressão, é perambular por consultórios médicos, é tomar remédios multicoloridos, é afastar-se do que é gratificante, é observar decepcionado cada ruga que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou frio, com a umidade ou a chuva. "Ir levando" é adiar a possibilidade de desfrutar o "hoje", fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.Por favor, não contente com "ir levando", procure ou busque um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA. Acredite: o trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver; por isso, sem mais delongas, procure um amante."Para se estar satisfeito, ativo e sentir-se jovem e feliz, é preciso namorar a vida".



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Inveja



O sentimento de inveja é uma das principais causas de infelicidade.

Somente compreendendo a estrutura básica da inveja podemos reconhecer esse sentimento em nós e aprendemos a lidar com ele em nossa vida e nosso comportamento.

O mecanismo intelectual básico responsável pelos ressentimentos é a comparação.

Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos, em algum aspecto, inferiores, estamos com inveja. Nem toda comparação leva à inveja, mas esta é sempre resultado de uma comparação.

É a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, tristeza, mal estar, acanhamento, por nos sentirmos menores, menos, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É um desequilíbrio íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade fruto da comparação.

Esse processo é muito sutil e encoberto. Escondemos de nós mesmos esse sentimento de inveja através de mecanismos de defesa que desde cedo nos foram sendo ensinados. Não temos consciência de que somos invejosos.

Um dos mecanismos mais comuns é o processo em que ao nos sentirmos menos que os outros nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal estar do desequilíbrio. Falamos exageradamente bem de nossas próprias coisas e ao mesmo tempo procuramos diminuir o outro através de críticas.

Quando criticamos alguém, quando sentimos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele. O arrogante é a pessoa que parte do pressuposto de que é inferior às outras pessoas.

O invejoso é incapaz de ver a luz, a alegria, o brilho, a luminosidade das outras pessoas. A inveja é própria daqueles que não encontraram respostas para a diversidade das pessoas e do mundo. Essa incapacidade de aceitar que as pessoas e as coisas sejam diferentes é uma rejeição da sua própria pessoa como sendo diferente das demais. A inveja é a auto-aversão por não sermos como os outros são. Toda a nossa cultura é a cultura da comparação e nós aprendemos desde muito cedo a interiorizar esse processo em nosso comportamento. Como tudo está em relação, nós perdemos a capacidade de ver as coisas em si mesmas e só conseguimos entender as coisas e as pessoas em comparação umas com as outras.

Na família, por exemplo, sempre houve alguém que em um ou outro momento nos foi apontado como padrão ou a quem nós fomos apontados como modelo. É imensa a carga de comparação a que somos submetidos em toda a nossa vida. É uma força tão grande que poucas vezes nos damos conta dela.

Todo o sistema escolar é baseado na comparação. Primeiro lugar ... segundo lugar.... último lugar ... classes mais adiantadas... classes mais atrasadas ... notas ... avaliações...

Em outras instituições, na igreja, nas empresas, nos clubes, sempre nos foram dados padrões de modelos a seguir. Sempre fomos convidados a reforçar o caminho da comparação. A força da comparação é tão presente em nossas vidas que poderíamos chamá-la de sangue cultural.

Sem consciência desse processo dificilmente conseguiremos reconhecer, trabalhar e sair do sentimento de inveja. Provavelmente viveremos em estados depressivos constantes, com freqüentes sensações de impotência e inferioridade, em momentos de insatisfação, sem ao menos perceber em nós mesmos qualquer traço de inveja.

A sociedade é sempre comparativa em seus vários instrumentos de transmissão cultural. Nos filmes sempre existem nossos heróis, nossos padrões. Toda propaganda é baseada no processo comparativo entre nós e os modelos que nos são apresentados.

A trama base da propaganda consiste em construir um quadro com qualidades de riqueza, poder, prestigio, inteligência, dinamismo, beleza, força, magnetismo pessoal, para que nos comparemos com os ambientes e pessoas apresentados e nos sintamos inferiores, magoados e diminuídos, e em seguida nos é indicada a solução para resolver aquele mal estar: a compra de algum produto que nos fará iguais aos padrões apresentados Existe um tipo de comparação com a qual sairemos do processo da inveja, é a autocomparação. Em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais, estamos hoje melhores ou piores do que há algum tempo?

Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na autocomparação fortalecemos o nosso ser, o nosso centro, o nosso ponto de equilíbrio. Passamos a nos dirigir de dentro em função do que realmente somos e não em função do que os outros esperam de nós. Nós passamos a ser o nosso único ponto de referência. Passamos a ser donos da nossa própria vida, pois quando nos comparamos com os outros eles são o nosso padrão, somos dirigidos de fora.

A auto-comparação leva a um fortalecimento interior, fortalecemos nossa identidade, reencontramos a nós mesmos. Passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Na etero-comparação nós nos alienamos, perdemos a nossa identidade e passamos a estar na vida para realizar expectativas fora de nós.

O mundo é o mundo das diferenças. Cada pessoa tem o seu jeito, seu caminho, seu próprio nível, sempre haverá alguém melhor do que nós em algum aspecto. Não estamos no mundo para sermos mais do que ninguém, mas para realizarmos o nosso próprio potencial, sendo cada vez melhores comparados conosco mesmos.

Só quando estamos centrados em nós mesmos e o mecanismo da autocomparação já faz parte do nosso comportamento, é que nos será possível comparar-nos às outras pessoas e aprender com elas, isso é ADMIRAÇÃO.

No fundo de cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração, mas este só pode desabrochar quando estamos centrados no nosso próprio tamanho, em POSTURA de AGRADECIMENTO pelo que já somos ou temos. ADMIRAÇÃO pelo outro e TRISTEZA conosco é INVEJA.

Só quando formos padrão de nós mesmos reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da autocomparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

PENSE...

Pense nas grandes massas, ainda sem o acesso ao esclarecimento espiritual. Pense em quantas pessoas estão urdindo, agora mesmo, planos maquiavélicos na intenção de outras pessoas. Pense naqueles que acalentam o ódio no coração e vertem o fel emocional pelo olhar ensandecido de ego.

Pense em quantos estudantes espirituais você já viu se afastarem do caminho por causa de questões ridículas, que nada mais eram do que arroubos de personalismo dos envolvidos. Pense em quantas vezes você viu pessoas com excelente potencial espiritual desistirem por causa da falta de empenho e dedicação em seu próprio desenvolvimento.

Pense em quantas vezes você viu companheiros emanando farpas psíquicas contra outros colegas de senda espiritual, muitas vezes por questões tolas, que os levaram a projetar formas-pensamento doentias, filhas de seus egos feridos.

Pense em quantas vezes você viu colegas encarnados projetando emoções e energias pesadas na direção de alguém e agindo pior do que muitos espíritos desencarnados obsessores.

Pense em quantas vezes você viu colegas doutrinando espíritos e pedindo-os para perdoar os adversários, sem que eles mesmos praticassem o perdão que tentavam exigir dos outros.

Pense em quantas vezes você viu estudantes espirituais chorando no cemitério por uma perda que nunca existiu, pois eles sabem que ninguém morre.

Pense em quantas vezes você viu médiuns com medo de espíritos. Pense em quantas vezes você viu componentes de grupos espirituais faltarem levianamente às reuniões de que participavam.

Finalmente, pense em quantas oportunidades foram perdidas ao longo da vida, e quantas chances de crescimento espiritual foram deixadas de lado. Pense nas pessoas que se arrastam pela vida apenas sobrevivendo, sem pensar, sem sentir, sem poder levantar o véu das coisas espirituais e sem conseguir sair do atoleiro material ou emocional em que se enfiaram.

Pense nisso tudo, e erga os pensamentos ao Alto, que lhe deu a chance de perceber que há algo a mais do que apenas comer, beber, dormir e copular cegamente pela vida, e agradeça por todas as oportunidades de aprendizado, mesmo aquelas que lhe foram provas difíceis na jornada.

Pense que a vida está passando e a morte não tem hora para chegar... Não sabe quanto tempo lhe resta... Pense... e agradeça!

P.S.: Logo após eu digitar essas linhas, surgiu um dos espíritos da Cia. do amor e me ditou espiritualmente o seguinte:

"Quem martela demais a mente, amarrota os pensamentos.
Quem pisa demais nos sentimentos, deixa pegadas de dor por onde vai. Quem pisa na bola espiritualmente, perde a jogada, e faz gol contra.
Quem pensa e agradece ao Papai do Céu pelo trabalho espiritual que abraçou com amor e coração, não faz bobagens, pelo contrário, só faz golaços e joga bem nos campos da vida.
Os seus ‘passes’ são luminosos, é craque da vida, e a toda hora dribla o mau-humor e enfia a bola por entre as pernas do ego.
Quem não corre do jogo espiritual, nem nega fogo no serviço pelo qual é responsável, é craque de Deus.
E a bola das experiências continua rolando pelos campos da vida...
O craque não pisa nela, e ela gosta dele, pois os seus passes são luminosos."(Esses escritos são dedicados aos trabalhadores e estudantes espirituais, de todas as linhas, que batalham sem esmorecer por climas melhores na existência, e que não fogem da senda espiritual por motivo algum, pois sabem que sem isso todo o resto ficaria muito pobre e sem viço). Paz e Luz. Wagner Borges / Aninha


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Comportamento evolutivo



Ter um comportamento evolutivo requer discernimento, vontade, sinceridade e continuidade. Comporta-se de maneira coerente nas relações familiares, afetiva, profissional, social e espiritual exige, antes de tudo, um comportamento coerente consigo mesmo. Isso significa fazer uma reflexão honesta a respeito das atitudes, maneira de pensar e de agir em todas as situações. Auto-analisar-se com cuidado e identificar as falhas, dificuldades e defeitos que podem ser trabalhados para ser uma pessoa melhor.
O ser humano está no planeta Terra para evoluir. Em todos os sentidos. A humanidade alcançou um nível razoável de evolução nas áreas da ciência, medicina, tecnologia, educação, telefonia, robótica etc. mas tem ainda um longo caminho a percorrer em relação a evolução essencial do seu SER.

É comum verificar indivíduos (mais de 80% da população da terra) que passam a vida em busca de TER, em detrimento do SER. Preocupando-se apenas com o lado material da vida e dando exacerbado valor ao físico, sem entender que este é apenas um veículo da consciência, ferramenta para a evolução individual. A origem do ser humano é espiritual. Portanto, é imprenscindível que se aprenda a evoluir como consciência, pois o retorno ao mundo astral é inevitável e se estende para todos os níveis de consciência.

É importante buscar aprender sobre as questões do espírito e esforçar-se para ter um comportamento que não seja apenas para a satisfação do próprio ego. Aprender a agir com o coração, preocupando-se com o bem-estar e boa relação com todas as pessoas a nossa volta.

Ter um comportamento evolutivo é agir com honestidade, coerência, maturidade, acrescentando conhecimento a cada dia, e principalmente, colocando esse conhecimento em prática para que seja possível vivenciar as experiências, enriquecendo o mental e o espiritual. Percorrendo, assim, o caminho da evolução e da felicidade.

Artigo escrito por Alessandra Ritondaro, com base nos conhecimentos adquiridos no CEC – Centro de Estudos da Consciência.