domingo, 1 de junho de 2008

Impermanência


Um dos princípios do ensinamento budista, e pilar de toda a sua filosofia, a IMPERMANÊNCIA é uma das lições mais caras e difíceis de aprendermos, e que deveríamos praticar todos os dias, talvez como no filme de Bertolucci, "O pequeno Buda", onde os monges constroem delicadas mandalas com areia colorida, e logo após a conclusão do belo trabalho, destroem tudo com as mãos, demonstrando na prática que nada é permanente.

No lado Ocidental, vemos Jesus caminhando sem nenhum bem, sem nenhuma posse, ao ponto de lembrar que o filho de Deus não tinha sequer uma pedra onde deitar a cabeça na hora de dormir, em desapego total.

Quase todo o sofrimento humano decorre do apego que mantemos pelas pessoas, objetos ou fatos que marcam a nossa vida.

Sabemos que tudo tem um fim, mas vivemos como se tudo fosse durar pela eternidade, por isso ainda nos espantamos com a morte, nos deprimimos com frustrações, sofremos com as traições, quase morremos com os rompimentos de relacionamento.

Não é fácil aceitar a IMPERMANÊNCIA, nem desapegar-se de coisas tão queridas, mas como disse o mestre Dogen: "Ensinamento que não parece forçar alguma coisa em você, não é verdadeiro ensinamento".Pratique diariamente a IMPERMANÊNCIA, refletindo nas mudanças que já ocorreram com você e concentre-se na felicidade que é simples, mais simples do que imaginamos.

Veja se você não está colocando seus sonhos em prateleiras altas, em tempos e lugares distantes demais. A felicidade costuma estar sempre perto de nós, nos lugares mais simples, ao alcance das mãos.

Por isso, ainda hoje escutamos pessoas arrependidas dizerem: "Eu era feliz e não sabia". Você é feliz por estar aqui e deveria saber disso, sempre!
Eu acredito em você. por: Paulo Roberto Gaefke /Aninha

Um comentário:

Cris Fonseca disse...

Paulo ,
suas palavras vieram de encontro ao que eu estava procurando.
Obrigada por permitir que eu compartilhe dessa sua experiencia de bela sabedoria.
Cris Fonseca