segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O JULGAMENTO


O poder que foi experimentado por todos nós, em diversas vidas sucessivas, sempre teve a finalidade de mostrar ao homem a presença de Deus em si e o que representa o livre arbítrio; serviu na maioria destas oportunidades para praticarmos cada vez mais a separação com a Fonte, pois faltou o ingrediente básico, ao se exercitar o poder: O AMOR.
Por outro lado, ao perder o rumo de seu caminho de volta à sua consciência superior, ao mesmo tempo que a religião manipulou e castrou nossas maiores possibilidades de exercitarmos a liberdade, também acabou se tornando o Super-ego para a humanidade como um todo, pois ela tem servido para refrear nossos impulsos agressivos e instintivos, mas acaba não permitindo as experiências que fariam o ser humano crescer pelo próprio aprendizado que ela viria a representar em nossas vidas.
Assim, hoje, de maneira geral, mantemos uma série de crenças morais, éticas e religiosas que não representam o caminho de nosso verdadeiro equilíbrio e como o sistema nos ensinou a fugirmos de nossa própria realidade interior, pois a vida acabou sendo voltada para a prática externa e material, desenvolvemos no sistema do julgamento uma âncora importante para nos mantermos sempre na mesma posição e não perdermos o controle de nossas vidas, ou melhor, de nossos egos.Isso não representa progresso e evolução.
O julgamento se tornou um instrumento do nosso ego que faz comparações e tenta nos colocar como se fôssemos melhores do que o outro e continuarmos a praticar as atitudes e crenças exteriores sem “precisarmos” nos preocuparmos com o encontro com o nosso interior.O certo ou errado que cada um coloca acaba sendo um enorme mecanismo de defesa diante do nosso próprio medo de que alguma coisa nos contamine e nos tire da rigidez e acomodação que o ego nos colocou, visando ter a segurança de que ele não será mexido ou terá que alterar qualquer coisa.

Todas as vezes que cada ser humano entra na atitude do certo ou errado e pratica um julgamento, ele está se colocando numa situação de juiz de alguma coisa ou de alguém, assumindo uma onipotência exacerbada e deixando de perceber uma coisa por demais importante: "A vida é uma experiência de Deus em cada um de nós e por isso ELE não nos julga" Certamente a Consciência da Fonte Matriz que criou um conjunto de leis visando apenas a preservação da própria vida, apenas permite que as vivências que não tiveram a qualidade adequada e não promoveram felicidade ou crescimento, ou expansão, ou cura ou amor, e principalmente o aprendizado desejado, sejam repetidas novamente, para dar ao ser a oportunidade do desenvolvimento da compreensão, que deve ter faltado no momento anterior.
Por isso, as palavras do Mestre “não julgueis para não seres julgados”, representam o conhecimento que ele tinha, pois ao julgar alguém ou a alguma situação é a nós mesmos que estamos julgando e se em vez de julgarmos, procurarmos com todo nosso desejo sair desta egrégora negativa e olharmos a vida como uma grande oportunidade de experimentação, onde podem existir coisas que são adequadas e inadequadas, certamente encontraremos dentro de nós um caminho aberto, leve e livre para voltarmos mais rapidamente ao encontro de nossa felicidade.
É sabido que o outro representa um espelho para cada um de nós. O que julgamos no outro é o que temos não resolvido em nosso coração. No livro "Um Curso em Milagres", o Mestre Jesus, explica o surgimento do nosso ego e o que representa o julgamento que fazemos de qualquer pessoa que conhecemos ou faz parte de nossa vida.
Todo julgamento certamente está contaminado pelas emoções e sentimentos não solucionados dentro do nosso coração que promovem um desvio da realidade que acreditamos ver no outro, mas mesmo que estejamos vendo algo próximo da realidade no outro, o que em nós nos leva a julgar?
Os Mestres reafirmam o tempo todo que a vida humana é uma experiência de Deus e cada um vive seu caminho de “encontro-a-Deus-em-si” e o caminho de um não será o caminho de outro, pois as “experiências-de-Deus-em-nós” são diferentes umas das outras, pois se fossem todas iguais, já se saberia o resultado final e a vida deixaria de ser esta maravilhosa experiência.No universo não existe o Certo ou o Errado. Existe o Adequado e o não Adequado. O que você acha: Certo ou Adequado?
“Não julgueis para não serdes julgados”Quando julgamos alguém, não julgamos este alguém. Julgamos a nós mesmos, pois o outro SEMPRE é um espelho de alguma coisa nossa não resolvida. Irineu Deliberalli / Aninha

Crítica
*Se vc está na hora de criticar alguém pense um pouco, antes de iniciar
*Se o parente está em erro, lembre-se de que vc vive junto dele para ajudar.
*Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir vc mesmo.
*Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.
*Se um amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.
*Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.
*Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.
*Se alguém caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.
*Ainda que vc esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinguência, fale no beme suja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juízes indicados para socorre-los e, mesmo que a sua opnião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, vc não pode alvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente. Espírito André Luiz / Aninha

Nenhum comentário: